Ingestão de pasta de tomate e sua relação com a proteção da pele
Preparando a pele para o verão
Está chegando o verão e por isso resolvi trazer um artigo publicado no The Journal of Nutrition, muito comentado na nutrição clínica e estética. Este demonstra a relação entre o consumo de pasta de tomate e a redução do eritema solar (vermelhidão na pele).
É importante lembrar que o tomate é rico em carotenoides como o licopeno, um detentor de propriedades antioxidantes, dentre as quais, as promotoras da proteção da pele. Vale salientar também, que o tomate quando aquecido e consumido junto a uma fonte de gordura, tem maior biodisponibilidade de licopeno que outras fontes cruas, como suco de tomate ou tomate fresco, o que justifica o uso da pasta de tomate no estudo.
Sobre o artigo
Participaram do estudo 22 indivíduos, adultos e saudáveis, com pele do tipo II (pele branca, cabelos loiros ou castanhos claros, olhos azuis, sensibilidade à exposição ao sol e bronzeamento mínimo). Estes indivíduos foram divididos em dois grupos, um consumiu somente azeite e outro azeite com 40 g de pasta de tomate. O consumo foi diário, durante um período de 10 semanas e os mesmos foram expostos a irradiação UV, por meio de um simulador solar, para verificar e comparar a formação de eritema.
O interessante resultado
Observou-se que a formação de eritema (como um indicador da reação à queimadura solar) foi 40% menor nos indivíduos que ingeriram pasta de tomate, em comparação aos que não consumiram. Mais um dado reforçando a importância da alimentação aliada a saúde e a estética.
Fórmulas podem ser utilizadas para auxiliar a proteção da pele ou estimular o bronzeado, mas é fundamental ressaltar os benefícios advindos da alimentação, afinal os alimentos não possuem um único atributo e sim, diversas funções que atuam no organismo de forma conjunta e vital.
Como nutricionista reforço: alimentação adequada e equilibrada em primeiro lugar. A suplementação vem como aliada, mas para complementar.
Um último lembrete: a eficácia da proteção oral não é comparável ao uso de filtro solar, mas a proteção endógena pode fazer diferença, quando levamos em conta que grande parte da exposição aos raios UV ocorre ao longo da vida, quando a pele não está protegida. Principalmente às pessoas com peles mais sensíveis e/ou com presença melasma, por exemplo.